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Não te percebo, rapaz. Se o barcelona foi superior, como é que acabou em segundo? Porque marcou mais golos (ontem até marcou 5) e sofreu menos (ontem não sofreu)? Mas que eu saiba, o importante são os pontos, não o número de golos. (Já agora, poderia referir que o melhor marcador da liga é jogador do Real Madrid, ou que o Real tem mais vitórias do que o barcelona, mas que importa isso?) Se o bercelona foi superior, como é que, terminando empatados em pontos, a vantagem é do Real Madrid? Ah, porque no confronto directo o Real em Madrid e empatou na Catalunha. Estranha forma de mostrar superioridade. Por fim, se foi superior, como é que o "grande barcelona", mantendo o plantel e o "treinador" (chamemos-lhe assim) perdeu tantos pontos de vantagem, jogando "tão bem", e o Real, com mudanças radicais no plantel e Treinador novo foi somando vitórias "jogando tão mal"?
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Jogar em verso não é fazer floreados de artista de circo como o Ronaldinho. É, citando o "vosso" Zambrotta, ter jogadores que demonstrem carácter. Capello não é poeta lírico, mas épico. E as suas equipas jogam em verso lutando epicamente até ao último minuto pela vitória. O futebol e as Ligas são mesmo assim, como os poemas. Não basta rimar bonito pelo meio, importa muito a forma como se remata a trama tecida ao longo dos versos. E isso faz-se no final, não no mote nem no meio. E para fazer isso bastaram, digamos assim, as derradeiras jornadas ou, se quiseres, os últimos dez minutos.
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ps: quanto à sorte, repito o que disse Capello: "isto não é um casino."
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