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segunda-feira, maio 28, 2007

País curioso este. Um primeiro-ministro mente nas suas habilitações ou deixa que mintam longamente por ele, fazendo-se passar pelo que não é. A censura socialista passou dos jornais e televisões para os locais de trabalho, com um subalternozito mediocre a denunciar o superior presumivelmente para lhe ficar com o lugar, com a conivência da ministra e do primeiro-ministro, que não travam este súbito reaparecimento do crime político e de opinião. Entretanto, um ex-ministro planeia cobrir a capital de câmaras (Enver Hoxa também gostava de filmar muita coisa), o governo cria bases de dados com os nomes de quem se manifesta contra as suas políticas através da greve (tarefa que as DRE começaram recentemente, por ordem da ministra), outro ministro quer tributar o dinheiro que se dá a um familiar quando a quantia é superior a €500, como se ele e a cambada que o rodeia declarasse tal acto. Por fim, o governo insiste na criação de um aeroporto no local mais ridículo, sabe-se lá por que motivos superiores (se houvesse jornalismo talvez já se tivesse percebido porquê...) O absurdo de tudo isto não se vê? Não canso de me repetir. Se o governo fosse laranja... O mal é que o país (leia-se, comunicação social) não é daltónico... Mas o que é realmente curioso é que perante isto o jornalismo se cale, mas tenha chorado tanto a vitória de Jardim na Madeira, como se o regime político da região autónoma fosse pior do que este. Nem por sombras. Nem nas intenções, nem na escala, nem nos resultados.

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