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segunda-feira, junho 15, 2009

Já dizia Nabokov algo parecido com isto: "a crítica apenas revela a inteligência do crítico". Olhando para as críticas de Laporta perante as contratações do Real Madrid, a verdade contida nesta frase cintila como ouro. E no caso de Laporta a (falta de) inteligência parece acariciar, com laivos de pornografia, a boçalidade. Primeiro, o homem diz-se tranquilo (tritranquilo, para usar o seu neologismo), mas já falou do tema pelo menos duas vezes. Depois, considera a atitude do Real como "imperialista e prepotente". Lembra a malta da esquerda a falar dos EUA. Gente com complexos de inferioridade, portanto, que cobrem com um manto de arrogância e falta de educação. Por fim, alguém devia lembrar ao sr Laporta que a sua equipa também se insere no conjunto das "imperialistas e prepotentes", ou seja, das que têm dinheiro e o gastam comprando jogadores que pretendem. Henri (para falar do caso mais recente) não foi uma oferta do Arsenal, enternecido com a miséria que grassava nos cofres do barcelona. E se 90 milhões é demasiado dinheiro por um jogador (e é, sobretudo se falarmos de C. Ronaldo), então por que motivo a cláusula de rescisão de Messi está colocada nos 150 milhões? Coitado.
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Coitado também do arcebispo de Barcelona, que parece ter muito tempo livre nas suas mãos e muito espaço livre na cabeça e veio também criticar as contratações do Real Madrid. E não o fez enquanto adepto, à porta da sua (seguramente modesta) casa, fê-lo em plena cerimónia religiosa. Se fosse no tempo do anterior Papa, ainda poderíamos pensar que seriam indicações vindas do Vaticano - constava que o falecido J. Paulo II seria adepto do barcelona (uma forma de penitência, portanto). A sorte do arcebispo foi Cristo, que seguramente o mirava nas suas costas, estar com as mãos pregadas na cruz, ou certamente lhe daria duas ou três lambadas para o acordar para a realidade.

1 comentário:

João Remelgado disse...

Quem não fala no Real?...pela negativa.