"Um relatório da OCDE elogia as reformas do Governo de José Sócrates no Ensino Básico. O primeiro-ministro, visivelmente satisfeito com os elogios, aproveitou-os para criticar os partidos de Oposição.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) apresentou hoje publicamente o seu relatório sobre a política educativa para o primeiro ciclo (2005-2008) em Portugal. No relatório, a organização internacional elogiou as reformas introduzidas pelo Governo no Ensino Básico como o encerramento das “pequenas e ineficazes escola do primeiro ciclo” e a “oferta de escola a tempo inteiro”, mas ao mesmo tempo recomenda ao Executivo a necessidade de proceder ao enriquecimento curricular. O primeiro-ministro, José Sócrates, depois de ouvir Deborah Roseveare da OCDE, que apresentou o Relatório, e a ministra da Educação assegurar que o que ainda não foi feito seguramente se deveu a falta de tempo ou de verbas, aproveitou para fazer um ataque cerrado à Oposição. “Que pobreza no debate político, que lamentável atitude de tantos partidos que quando olham para isto (relatório da OCDE) são capazes de dizer: Lá está o Governo a trabalhar para as estatísticas”, afirmou Sócrates. “Trabalhar para as estatísticas? É assim que se referem a isto? Que lamentável. Que lamentável o debate político que se concentra nisso”, continuou o primeiro-ministro. “Às vezes é preciso vir alguém de fora para nos dizer de forma tão sonora, tão vibrante e tão entusiasmada, como disse a Deborah: Bravo”, concluiu o chefe de Governo. "
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) apresentou hoje publicamente o seu relatório sobre a política educativa para o primeiro ciclo (2005-2008) em Portugal. No relatório, a organização internacional elogiou as reformas introduzidas pelo Governo no Ensino Básico como o encerramento das “pequenas e ineficazes escola do primeiro ciclo” e a “oferta de escola a tempo inteiro”, mas ao mesmo tempo recomenda ao Executivo a necessidade de proceder ao enriquecimento curricular. O primeiro-ministro, José Sócrates, depois de ouvir Deborah Roseveare da OCDE, que apresentou o Relatório, e a ministra da Educação assegurar que o que ainda não foi feito seguramente se deveu a falta de tempo ou de verbas, aproveitou para fazer um ataque cerrado à Oposição. “Que pobreza no debate político, que lamentável atitude de tantos partidos que quando olham para isto (relatório da OCDE) são capazes de dizer: Lá está o Governo a trabalhar para as estatísticas”, afirmou Sócrates. “Trabalhar para as estatísticas? É assim que se referem a isto? Que lamentável. Que lamentável o debate político que se concentra nisso”, continuou o primeiro-ministro. “Às vezes é preciso vir alguém de fora para nos dizer de forma tão sonora, tão vibrante e tão entusiasmada, como disse a Deborah: Bravo”, concluiu o chefe de Governo. "
O jornalista que publicou a notícia chama-se Eduardo Caetano.
" Segundo o primeiro-ministro, o Executivo nunca atribuiu o estudo à OCDE. E citou o prefácio do documento para mostrar que “segue de perto a metodologia e abordagem da OCDE” mas que foi feito por “peritos internacionais independentes”."
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Hipóteses:
1. Sócrates mentiu no dia 26 de Janeiro, a ministra da educação mentiu, o governo mentiu;
2. O jornalista publicou uma notícia falsa por incompetência (não leu o relatório; quis elogiar o governo; publicou o que lhe mandaram publicar - riscar o que estiver errado); se o jornalista errou, por que motivo ninguém do governo veio corrigir o erro? E onde estão os autores do estudo? Não se sentiram atingidos por darem os louros do seu trabalho à ocde?
3. Sócrates mentiu no dia 28 de Janeiro, no parlamento, aos deputados da assembleia da república.
Não encontro outras hipóteses. Se o jornalista errou, que seja penalizado (um jornalista que não sabe ler ou não se sabe informar, o que está a fazer na RTP? Bom, se calhar está no local certo...) Se sócrates mentiu, o que está a fazer no governo de Portugal?
Se tiverem outras hipóteses, agradeço que me esclareçam.
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