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segunda-feira, julho 14, 2008

Queirós II - erro de escolha

A ida de Queirós para a selecção nacional vai ser, muito provavelmente, um erro.
Substituir Scolari não seria tarefa fácil para a maioria dos treinadores de qualidade. Para Queirós, será ainda mais complicado. O ex-adjunto do Manchester entra na selecção depois de bons resultados que dificilmente conseguirá continuar (até porque, desde a saída de Figo, não há um líder em campo, elemento que é essencial em todas as equipas ganhadoras - Raúl e Casillas no Real, Jorge Costa quando jogava no Porto, Barbosa no último Sporting campeão). E vem substituir um seleccionador com autoridade e independente de influências dos clubes. Não me parece que Queirós tenha, pelo seu passado, autoridade sobre os jogadores e força para se sobrepor às pressões dos clubes. Depois, caso Queirós deseje implantar um modelo novo de gestão do futebol, apostando novamente nas camadas jovens, terá de exigir muitas mudanças por parte da Federação. Provavelmente terá de o fazer a um novo presidente da federação que não o escolheu, já que Madail (presume-se pelas suas próprias palavras) irá sair em breve.
Por fim, o passado profissional de Queirós deixa largos motivos de receio. Tirando os tempos longínquos em que triunfou com equipas de juniores (algo que pouco vale no futebol profissional) e os êxitos do Manchester de Ferguson, de quem era adjunto (e não foram êxitos que os Red Devils não tivessem já alcançado antes da chegada de Queirós), este treinador nada ganhou de relevante. Fracassou no Sporting, com o melhor plantel leonino de que há memória (com Figo, Balakov, Iordanov, Marco Aurélio, Naybet, Amunike, entre muitos outros), fracassou nas arábias, nos EUA e no comando do Real Madrid (com Raúl, Figo, Zidane, Morientes, Casillas, Solari, Guti..., equipa que Del Bosque levara à conquista da 9ª Champions).

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