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quarta-feira, maio 14, 2008

informação inútil

dada por uma publicidade a um queijo: "nos Açores há duas vacas por cada habitante."
"Sócrates e Pinho violaram proibição de fumar a bordo do voo de Lisboa para Caracas", apesar de ser o autor da absurda lei em vigor, que trata os fumadores como assassinos potenciais (sócrates, pelos vistos, é um deles). Ou apesar de ter sido anunciada (segundo o Público em letras garrafais) a proibição de fumar a bordo (até porque não é líquido que o homem saiba realmente ler, até porque o aviso não estaria escrito no inglês técnico que ele tão bem domina).
É difícil qualificar este acto. Não pelo incumprimento de uma lei que ele próprio gerou (um hábito socialista), mas pelo facto de sócrates e companhia terem ido fumar para a zona de serviço do pessoal de bordo. Um desrespeito bem revelador não só da hipocrisia do primeiro-ministro, mas da sua arrogância para com os que considera "inferiores."
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Já agora, a asae terá multado o seu dono? Ou terá, ao menos, sido apresentada queixa por parte das autoridades a bordo? Ou por parte dos "empresários" liberais e livres que seguiam a bordo? Presumo que todos saibam a resposta a estas questões.

segunda-feira, maio 12, 2008

O amor não é isto

O programa O Amor é (pode ser ouvido no site da RTP/ Antena 1) falava hoje de violência doméstica. 17 mulheres mortas num ano, a somar às 21 do ano anterior, só em Portugal. Estes são os números dos casos extremos, que resultam em morte. Maiores são os que estão em processo judicial. Ainda maiores, as queixas feitas junto das forças policiais. Mas superando todos estes, está o das vítimas silenciosas. Quase sempre mulheres. Os dados sobre esta questão são sempre incertos. Presume-se que pequem quase sempre por escassos. Segundo estudo publicado em 1999, 1 em cada três mulheres, em todo o mundo, foram espancadas, violadas ou abusadas durante a vida. De acordo com a OMS, 70% das mulheres assassinadas são vítimas da violência dos parceiros. No ano de 2000, uma mulher era morta em Espanha a cada cinco dias. No Reino Unido (2003) morreram duas por semana. Em Portugal a PSP e a GNR registaram, em 2002, 11677 ocorrências de violência doméstica.
No programa (com base em todos os estudos) foi referido que a violência reportada é o culminar e anos de actos continuados, que vão evoluindo muitas vezes em espiral: começam com pressões e coacções psicológicas, às quais se vai adicionando a agressão física.
Isto a propósito da J. Uma rapariga calada, pouco mais dela se ouve para além de sim, não e outros monossílabos. Várias vezes, ao longo do ano, chegou à sala (por vezes tarde) e ficou sentada, calada e ausente, até ao final. A qualquer comentário respondia com um sorriso, um sussurrar curto e tímido e o desvio do olhar. No outro dia falou. Finalmente, falou.
A relação dura há dois anos e nesse espaço de tempo, segundo palavras dela, "não tive um dia em que chegasse ao fim e pudesse dizer: neste momento fui feliz". A relação, já longa para a idade, revela-se a principal causa da instabilidade. São incontáveis as vezes em que a relação terminou com ela em lágrimas e ele (pelo menos aparentemente) impassível. Para rapidamente recomeçar por fraqueza (confessada) dela. "Eu já tentei terminar, mas não consigo." Quando lhe pergunto que conselho daria a uma amiga que estivesse na mesma situação, a resposta é clara: "dizia-lhe para terminar tudo. Mas eu não consigo, não sou capaz." Não significa isto que haja coacção por parte dele. Mas há um sentimento de dependência em J. que a torna vítima das vontades do namorado. Abandona-a quando quer, está com ela quando quer. Proíbe-a de falar com determinadas pessoas, de usar certas roupas (pelo menos assim parece). Fiscaliza o telemóvel dela e impede-a de ver o dele. Aqui sim já há algo de coacção ou de violência. Que pode ou não aumentar no futuro.
As amigas de J. têm todas a mesma opinião, há que pôr fim à relação e ser feliz. Pensar nela. Ela concorda ... em parte. E não consegue agir. Assim sendo, vai continuar nesta instabilidade diária, como tem vivido nos últimos dois anos. J. tem agora 14.

sexta-feira, maio 09, 2008

"Não foi passillo, foi passeio"


Vamos todos cantar com o Jorge Palma

"deixa-me rir"...
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Segundo A Bola, "A Comissão Disciplinar da Liga teve mão pesada nas sentenças do “Apito Final”: Pinto da Costa é suspenso por dois anos e o FC Porto perde seis pontos; Boavista desce à Liga de Honra e João Loureiro é suspenso por quatro anos; o presidente do U. Leiria, João Bartolomeu, cumpre um ano de suspensão."
Curiosa "mão pesada". O árbitro, o elo mais fraco e mais fácil de seduzir em toda esta cadeia de boa gente, foi suspenso por 6 anos. Suspender os dirigentes dos clubes é o mesmo que não fazer nada, pois que justiça daí advém? É por não serem os presidentes oficiais (para estas situações é que existem os fantoches) que vão deixar de praticar actos ilícitos?
Presumo que ninguém consiga explicar por que motivo o mesmo crime é mais pesado para o que é corrompido e mais brando para o que corrompe...