"Advogado contratado duas vezes
O ministério da Educação contratou duas vezes o mesmo advogado para fazer o mesmo trabalho. No primeiro contrato, o advogado João Pedroso comprometia-se a fazer um levantamento das leis sobre a Educação e ainda a elaborar um manual de direito da Educação. O trabalho deveria estar concluído até Maio de 2006, mas tal não aconteceu. Apesar de não ter sido concluído nos prazos previstos, o advogado recebeu a remuneração.
O ministério da Educação contratou duas vezes o mesmo advogado para fazer o mesmo trabalho. No primeiro contrato, o advogado João Pedroso comprometia-se a fazer um levantamento das leis sobre a Educação e ainda a elaborar um manual de direito da Educação. O trabalho deveria estar concluído até Maio de 2006, mas tal não aconteceu. Apesar de não ter sido concluído nos prazos previstos, o advogado recebeu a remuneração.
Ainda assim, o ministério fez depois com João Pedroso um novo contrato com os mesmos objectivos, mas a pagar uma remuneração muito mais elevada. Em vez dos iniciais 1500 euros por mês, João Pedroso passou a receber 20 mil euros/mês.
Perante estes factos, o ministério da Educação justifica-se dizendo que os objectivos do primeiro contrato não foram cumpridos por erro de avaliação. O secretário-geral do ministério assume as responsabilidades da tutela. Ao Rádio Clube, João da Silva Baptista diz que o ministério não soube avaliar o volume de trabalho que entregou à equipa liderada por João Pedroso da primeira vez.
Por causa do erro de avaliação, o ministério da Educação acabou por ficar sem possibilidade de exigir a João Pedroso para acabar o trabalho pelo qual foi pago e decidiu por isso pagar mais e renovar o contrato. João Pedroso, contactado pelo Rádio Clube, recusou comentar os contratos que assinou com o ministério da Educação, remetendo todos os esclarecimentos para o Governo.
Uma notícia Rádio Clube investigada pelo jornalista Nuno Guedes."
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Quando se diz "o ministério não soube avaliar o volume de trabalho..." quem é que se está a esconder? Que eu saiba, o "ministério" é uma entidade abstracta, sem capacidade para avaliar seja o que for. Quem foi o incompetente? Que penalização vai ter? E se se tratou de um erro de avaliação, só pode ter sido em relação aos prazos estabelecidos? Nesse caso, como justificar a fantástica subida salarial? O sr Pedroso vai fotocopiar toda a legislação emitida pelo ministério pagando do seu próprio bolso e pagar uma edição de autor com a compilação feita?
E é esta gente incompetente que legisla sobre educação e avalia profissionais formados para exercerem as suas funções? Com que legitimidade vem o ministério exigir resultados às escolas, se eles próprios são tão incompetentes e, ao mesmo tempo, benevolentes com os seus próprios erros "de avaliação" (um eufemismo para incompetência)? É que, caso não tenham reparado, os objectivos traçados pelo ministério são tão ridículos e utópicos (nas actuais condições) que podem ser considerados "erros de avaliação" (se o julgamento que fizermos for brando).
Ah, presumo que o facto de João Pedroso ser familiar do socialista Paulo Pedroso nada tenha a ver com a sua contratação e remuneração faraónica.
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