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sábado, janeiro 30, 2010

Curioso

Quando Ronaldo não joga, o Real joga e ganha.


BARÇA, BARÇA, BARÇA!!!!!

gelo matinal




domingo, janeiro 24, 2010

"o Sherlock de Conan Doyle é, no sentido preciso do termo, o primeiro existencialista moderno, consumido pela angústia do "spleen" urbano: uma angústia que ele tenta aliviar com as substâncias possíveis e a resolução de casos impossíveis. No fundo, duas formas de vício que cumprem o mesmo propósito: impedir que uma mente monstruosamente brilhante se devore a si própria. "
(J.P. Coutinho, Folha de S. Paulo)

Mesa de trabalho

Espaço rectangular, de madeira escura. Um pc, uma pilha de livros à direita (Renoir, Cesário, uns Taschen, a bio de M. Filomena Mónica sobre Cesário, uma revista espanhola), DVD (gravados, com ficheiros, com filmes, originais, abertos ou por abrir), um disco externo, canetas e lápis, dois relógios, auscultadores, uma bola de baseball, cassetes VHS (sim, ainda existem), um caderno (com quê?), folhas soltas, uma borracha, bolsas com mais DVD, uma garrafa de Porto (vazia), um copo (vazio), uma caixinha de música, duas pen, dois selos polacos, um furador, uma lupa, um frasco de perfume (howcome?). E um marcador de livros e outros objectos, um post it com uma morada, cartolinas em formato A4. Cabe tudo. Falta apenas algum tempo. E uma oração: "abençoados sejam os organizados."

Turner, The Slave Ship - 1840


sábado, janeiro 23, 2010

Gente de nível - palavras para quê




Adjectivos

Ouvi há pouco um dos nossos 'ilustres' comentadores políticos (cujo nome não fixei) afirmar, como muitos outros, que "o congelamento dos salários dos funcionários públicos foi uma medida corajosa do PS". Com isso se reduz em alguns milhões a despesa pública. Mas se aparecer alguém a defender a redução dos salários e regalias dos administradores das empresas públicas e do governador do banco de Portugal, o cancelamento do rendimento mínimo, da distribuição cega de subsídios e magalhães e da construção de um aeroporto desnecessário e demais estradas dispensáveis, nesse caso já estaremos, à luz dos mesmos comentadores, a falar de medidas demagógicas. Ou seja, cortar as despesas em alguns milhões é coragem, poupar muitos milhões de despesas inúteis (que exigem empréstimos avultados e consequente dívida) é demagogia. Tenho de mudar de dicionário, o meu está desactualizado.

sábado, janeiro 16, 2010

Nem mais.

"O que é preciso discutir, realmente, é o que se vai ensinar na escola. E para isso é preciso questionar seriamente uma geração de burocratas das ciências pedagógicas que, durante os últimos trinta anos, torturaram professores e alunos com as suas ideias de «engenharia escolar e social», os seus manuais deficientes, as ideias feitas, as vulgaridades e erros nos manuais de Português, História ou — ah, sim — até Matemática. Não se trata, apenas de mudança de mentalidade; (...). Em primeiro lugar, chamem os professores. Os professores-professores — não os técnicos em Ciências da Educação que não dão aulas há vinte anos. Chamem os professores que contactam com os alunos, que dão aulas, que passam pelos corredores e sabem do que se fala quando se fala de educação. A tentação da reforma a todo o custo cria vítima insuspeitas; para legislar sobre o «modelo de avaliação dos professores» a primeira coisa que fizeram foi afastar os professores. Não queiram fazer a reforma curricular afastando-os de novo. Basta ouvir, tomar notas, recolher histórias reais. Isto não são os cientistas da pedagogia que o podem fazer; eles não têm histórias reais para contar — aliás, lendo o que eles escrevem nas introduções aos programas escolares e nos materiais ideológicos produzidos pelo Ministério da Educação, até é legítimo supor que não falam Português."
(Francisco José Viegas, A Origem das Espécies)

domingo, janeiro 03, 2010