(Junho de 2010)Sem a sombra protectora do Cristo-Rei, estático atrás delas, cinco meninas esperam. Sentem a brisa fresca que sopra do Tejo nos corpos cansados de uma noite mal dormida. Dizem que quem corre por gosto não cansa, mas não é bem assim. O que importa é voltar para casa e descansar. A cruz caída, a oliveira, a silhueta da capital, são vestígios do passado que provavelmente passam despercebidos. A cidade, quando muito, poderá ser objecto de um sonho futuro. Ali poderão vir estudar, ou trabalhar, mas sempre como segunda ou terceira opção. Em geral, vindas de onde vêm, fazem as escolhas de acordo com o mapa: primeiro o Porto, depois Vila Real, Braga ou Coimbra. Só então Lisboa.
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