Seguidores

Mostrar mensagens com a etiqueta sobremesas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta sobremesas. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, novembro 01, 2011

30 anos depois




Em outubro completou-se 30 anos que entrei na escola primária!
Se a R. não se tivesse lembrado dessa data, não teria havido o reencontro que aconteceu no domingo.

Em Setembro houve o primeiro telefonema. Depois disso, uma troca de e-mails e mais umas chamadas. Mesmo sem facebook, houve capacidade de encontrar todos os colegas que entraram naquela escola há 30 anos atrás. Salvo os que estão fora do país, e a O. que seguramente está no céu há mais de 20 anos, todos apareceram para comemorar esse aniversário.

Foi um dia muito emotivo, mas igualmente feliz e pacificador.
À medida que chegávamos, fomos confirmando o reconhecimento de cada rosto, de expressões! As memórias daqueles dias aproximaram-nos e apesar de caminhos muito diferentes, não houve lugar a reservas ou constrangimentos.

A professora lá estava. Igual na sua sabedoria e ainda a mulher bonita que era naquele tempo.
Não sei se para todos nós, ela teve a mesma importância que teve na minha vida, no meu percurso, na minha formação e opções. Não sei, mas sei que para mim ela é a Professora, aquela que ninguém conseguiu superar em importância, consideração, respeito e amizade. É tanto assim, que quando nasceu a minha primeira filha, demos-lhe o mesmo nome. Porque é um nome que gostamos, mas é também uma homenagem a quem me ensinou as primeiras letras e a vontade de aprender.

Para o lanche partilhado, fiquei com a missão de fazer o bolo de aniversário. Para ser uma surpresa, optei pelo bolo de espinafres, cuja a receita a M. partilhou comigo, depois de o levar para o nosso jantar de Outono.

A receita está na Panela sem (de)pressão.

domingo, outubro 30, 2011

Jantar de Outono











Ontem tivemos um jantar com amigos cá em casa.
Decidi que o mote seria o Outono. Para me reconciliar com este tempo de vento e chuva.
Com ingredientes muito próprios desta época, juntámos abóboras e marmelos transformados.
As receitas vão aparecer ao longo da semana na Panela sem (de)pressão

segunda-feira, outubro 17, 2011

Ementa Little Italy


















A ementa do almoço Little Italy foi extensa.
Para a acompanhar, escolhemos um vinho italiano, Chianti. Nunca antes provado. Não tem o corpo de um Douro, mas foi uma surpresa agradável.

Começámos com o meu pão de alho e umas bruchetas de tomate e pimento, salpicadas por manjericão. Provavelmente a erva mais usada na culinária italiana.

Para refrescar, um shot de tomate e melancia, com azeite aromatizado com aipo.

Depois um carpaccio de tomate, alcaparras e pesto. Carpaccio é uma forma de dizer, deve-se unicamente ao corte do tomate. O mais fino possível. Encontrei aqui.

Seguiu-se Tonno e Cannellini, que encontrei na secção Hey Presto do livro Na cozinha com Nigella. Basicamente é uma salada fria de feijão cannellini, com cebola vermelha, filetes de atúm, bem temperado com azeite, sumo de lima, pimenta e salpicado com salsa.


De toda a refeição, o que mais gostei foi a Mozzarella en carozza que encontrei nos Petiscos da Jennifer Joyce.
Pão de forma recheado com fatias grossas de mozzarella fresca e alcaparras. Depois molhado numa mistura de leite, ovo, sal e pimenta. Finalmente passado na frigideira com azeite e manteiga. Delicíoso!

Mozzarella com Gramolata também veio da Nigella. Uma versão um bocadinho mais picante que não dá para todos os paladares. Mais uma vez fatias de mozzarella, salpicadas com malaguetas picadas, alho, azeitonas pretas, salsa e temperado com azeite e sumo de lima.

Da insalata caprese não ficou registo fotográfico. Fiz e servi exactamente como consta aqui. Uma apresentação diferente para uma das mais famosas saladas italianas.

As tarteletes que se seguiram, ao contrário do que vem na ementa, não foram de caranguejo, mas sim de cavala. No último minuto foi necessário mudar de planos e elas lá surgiram. Massa quebrada já preparada para facilitar o processo. Depois filetes de cavala salteados com pimentos vermelhos e cebola roxa, misturados com ovo e um pouco de leite. No forno até ficarem douradas e servidas mornas.

Saltámos as mini-pizzas para não desistirmos da sobremesa.
Um pudim Frangelico com chocolate que encontrei na Jennifer. Frangelico é um licor italiano de avelã.
Numa taça bati 4 gemas de ovo com 100g de açúcar. Com a taça em banho-maria fui mexendo até ficar espesso. Juntei uma colher de chá de baunilha, 250g de mascarpone, 60 ml do licor e 4 colheres de cacau em pó de boa qualidade. Retirei do lume e deitei em chávenas. Levei ao frigorífico e servi com natas batidas.
Foi feito na véspera à noite pois precisa de pelo menos 4 horas no frio.

Fomos bebericando um cálice de Frangelico e não nos esquecemos de terminar com um expresso!

quarta-feira, outubro 12, 2011

A ementa







O almoço começou com uma tarte de ervilhas e queijo, baseada numa receita da Mafalda Pinto Leite apresentada no seu último livro.
A fotografia está péssima e não faz justiça à delícia que são aquelas tarteletes.

O que usei:
1 ovo
1 colher de sopa de hortelã picada
100 ml de leite
60 gr de queijo chèvre esfarelado
sal e pimenta

Como preparei:
Untei 6 formas pequenas de tarte. Cortei a massa quebrada em 6 rodelas e forrei com elas as forminhas de tarte. Piqueio fundo com um garfo e levei ao frigorífico por 10 minutos. Entretanto, liguei o forno a 180ºC. Triturei metade das ervilhas. Numa tigela coloquei as ervilhas inteiras, o puré de ervilhas, o ovo, a hortelã e o leite. Misturei bem. Juntei 2/3 do queijo de cabra e temperei a gosto com sal e pimenta. Coloquei as tartes no forno e levei a cozer por 10 minutos. Retirei do forno e dividi a mistura pelas 6 formas. Polvilhei com o restante queijo de cabra e levei ao forno por 20 minutos. Servi mornas.

Depois polvo à lagareiro com migas de broa e espinafres. As migas com este vegetal não são muito usuais mas são uma óptima opção.

Finalmente a sobremesa. Pai e filha imploraram por uma mousse de chocolate. Não havia muito tempo, por isso, a mousse da Nigella que é uma feliz "imitação".

A família estava feliz e eu também.

segunda-feira, outubro 10, 2011

O Jantar do sexteto - Parte II







A ementa do jantar de sábado foi à volta do mar.
Para a C., o JP, o P., a P. e o G. preparei para iniciar a refeição dois tártaros. Um de peixe outro de marisco.
No primeiro cortei em pedaços muito pequeninos o sargo cru, limpo de pele e espinhas, juntei sumo de lima, azeite, flor de sal, pimenta e funcho picadinho. Deixei marinar cerca de uma hora. Servi com ovas de lupo.
Para o segundo, usei miolo de camarão cru, cortado em pedaços pequenos, a que juntei pequenas porções de melão. Envolvi em queijo creme hortelã picada e temperei com sumo de lima, flor de sal e pimenta branca. Deixei marinar cerca de uma hora antes de servir.
Depois a minha sopa do mar. Já a tinha servido à C. e ao JP., mas ainda assim resolvi voltar a fazer porque é o meu prato conforto. Não fiz exactamente como aqui, pois não consegui o ruivo, nem o cantaril que são os peixes que mais gosto para esta sopa. Desta vez com sargo e cavala que cozi com um exagerado ramo de ervas aromáticas, que incluiu tomilho, salsa, salva e hortelã.
Para prato principal vieiras na frigideira com massa de aletria, acompanhados de feijão verde e espargos brancos salteados em azeite e tomilho. Acrescentei, para acentuar a doçura das vieiras, geleia de pétalas de rosa.
As vieiras oferecem-me dificuldades na confecção. Estiveram na frigideira quatro minutos. Ainda assim, acho que foi tempo a mais.
A refeição foi acompanhada pelo espumante rosé da Quinta dos Cozinheiros e o branco Maria Gomes. É bom ter aqui ao lado estes vinhos de que nos orgulhamos.
A parte doce da refeição foi uma panna cotta de coco, com sopa de ananás e manga com vinho do Porto. Para a panna cotta usei a mesma receita de outras vezes substituindo o iogurte por uma lata de leite de coco. Para a sopa, cozi a fruta com o vinho do Porto e um pouco de açúcar e um pau de canela. Deixei reduzir. Acrescentei uma embalagem de queijo ricotta e passei tudo no liquidificador. Servi com raspa de lima e hortelã.
A refeição fechou com café para uns e chá de limonete e erva príncipe para outros.Era já hora de ceia, por isso um biscoito ia bem. Lembrei-me dos biscoitos de milho de Baião que foram do agrado geral (trazidos pelo nosso amigo Nivelador P. que há anos que anda por aquelas paragens a ser o melhor professor de História que conheço).
A conversa embalou as crianças e estendeu-se pela madrugada.

quinta-feira, setembro 29, 2011

Muffins de dióspiro e canela



A abundância de dióspiros nas fruteiras cá de casa lembram-me que o Verão terminou. Inevitável! Conformada com esse fim, resolvo aceitar os prazeres do Outono, como são os pouco consensuais dióspiros.
Eu adoro. Logo depois dos figos, estão no meu top5 de frutas preferidas.

São tantos que me chegam das árvores da minha mãe que não tenho como escoar. Assim, resolvi tentar incorporar numa fornada de muffins.

Calculei as medidas de acordo com algumas receitas que uso habitualmente e gostei do resultado. A massa ficou macia, ligeiramente húmida e não excessivamente doce.

O que usei:
2 chávenas farinha com fermento
1/2 chávena açúcar
1+1/2 chávena polpa de dióspiro
1 colher chá fermento
1 colher sopa canela em pó
1 ovo
2 iogurtes naturais

Como fiz:
Juntei os ingredientes secos numa taça. Noutra taça, envolvi os ingredientes líquidos. Misturei tudo e enchi as formas de silicone. (Ainda não estou convencida das vantagens deste material).
Levei ao forno pré-aquecido a 200º cerca de 20 minutos.
Deixei arrefecer e desenformei.

quinta-feira, setembro 01, 2011

Jantar "A vida é bela" - II






















É agora tempo de descrever a ementa do "Jantar a vida é bela".
Não deixa de ser curioso que este jantar para uma amiga que a vida me trouxe com este blog, seja inspirado em outros blogs que fazem parte do meu quotidiano.
Já não imagino os meus dias sem estas visitas virtuais a cozinhas, mesas e vidas de pessoas que me inspiram. E não me inspiram só com a comida, já é mais do que isso. É encontrar coisas em comum. Um livro que se leu e que também gostamos, ou uma viagem que se fez e que é a nossa viagem, um pensamento que se cruzou, ou até as louças portuguesas que apreciamos!

Mas vamos ao jantar.

Inspiradíssima numa sugestão muito recente da Ilídia, decidi fazer os bombons de farinheira e requeijão. Usei farinheira de Quiaios, ou não estivéssemos nós na Figueira da Foz. Para cobertura usei sementes de sésamo, sementes de papoila e coco. Como não gosto de requeijão nem farinheira, fiz uma pasta de anchovas para fazer companhia aos convidados.

Preparei uma sopa fria, um pequeno shot de melancia e tomate, também ele inspirado na visita que faço à Laranjinha. Não usei pepino, e substitui o vinagre pelo de framboesa.

Seguiu-se uma salada de polvo, a que poderia chamar tropical, pois o seu sabor ficou um bocadinho diferente da típica salada de polvo. Depois de cozido e limpo de pele e tentáculos, cortei em pedaços muito pequenos, juntamente com todos os outros ingredientes: cebola, pickles de cenoura, couve flor e pepino e acrescentei pimento vermelho e abacaxi. Temperei com azeite, flor de sal, vinagre de framboesa e polvilhei com coentros.

Para prato principal, um magret de pato com redução de morangos.
Temperei os magrets com sal, pimenta e noz-moscada. Fiz golpes na pele e deixei em temperatura ambiente cerca de uma hora. Aqueci uma frigideira anti-aderente e comecei a selar a carne, primeiro do lado da pele, cerca de 7 minutos até ficar crocante, depois virei e deixei ficar cerca de 5 minutos. Conservei no forno aquecido no mínimo. Servi com uma redução de morangos com vinho do Porto e preparei puré de maçã.
Para este, nada mais que um pouco de manteiga e água.


Para sobremesa, uma panna cotta de chocolate que vi aqui. Pensei em usar avelãs e já tinha a ementa impressa quando dei conta que já não havia avelãs. Substitui por amêndoas que torrei.
Confesso que não me entusiasmou. E eu adoro chocolate. Prefiro a panna cotta simples, com um molho ou frutas.

Para acompanhar o café, um apontamento imprevisto: brigadeiros que a minha amiga A. me ofereceu durante a tarde. Então há que partilhar esta dádiva com quem também é amigo. E tudo parece fazer sentido e ter uma linha condutora.

Os convidados trouxeram o vinho daqui, e foi muito bem recomendado. A ligar perfeitamente com a ementa.
S. decoraste os nomes?

Foi um jantar agradável.
Foi uma noite bonita!

quarta-feira, agosto 24, 2011

Figo bem



















Tivemos o P. para jantar na segunda. Como sempre acontece nesta altura do ano, veio carregado com figos que a mãe tem a delicadeza de me enviar, por saber que sou perdida por esse fruto.
Resolvi integrá-los na ementa, claro está não os esgotando porque egoisticamente quero devorá-los (quase) sozinha. Não vou ter muita sorte, porque descobri nesse dia que as meninas, tal como eu, adoram este maravilhoso fruto!

Inspirada no novo programa do Jamie Oliver, resolvi preparar um jantar com algumas componentes indianas. Mas não exclusivamente.

Assim, tivemos húmus que já é um hábito na nossa mesa e que agrada sempre. Com tostas, pão e para barrar nas tortilhas que preparei de acordo com a receita do Oliver. Nada mais simples: untá-las com azeite e caril, embrulhar em papel vegetal, previamente molhado e espremido e levar ao forno cerca de 15 minutos. Uma transformação simples que as torna num alimento completamente diferente.

Servi figos com presunto, regados com vinagre balsâmico e foi difícil negociar quem ficou com o último!

Depois uma sopa fria de meloa (da horta da Z.) e pepino, com estes dois ingredientes e iogurte grego. Temperada com flor de sal da Casa do Sal e pimenta preta. Servi com uma espetada de meloa e presunto.

Para prato principal, tal como o Jamie preparou, um caril de legumes, sem o grão de bico (porque já tinha o húmus) e com beringela.

Como o convidado era o P., preparei uma sobremesa, porque esse é o pretexto dele para se sentar à mesa.
Se para o resto tenho sempre ideias e hipóteses alternativas, quando chega a sobremesa tenho inevitavelmente um bloqueio e não sei o que preparar. Lembrei-me de uma panna cotta.
À hora de almoço, numa correria, lá preparei a dita. Um pacote de natas frescas, um iogurte natural, o mesmo copo com leite, 60 g de açúcar em pó e baunilha. Cozer e depois adicionar duas folhas de gelatina desfeitas. Colocar em ramekins no frigorífico e desejar que à hora de servir estejam suficientemente sólidas. Já que tinha os figos, preparei uma calda com alguns. Açúcar mascavado e um pau de canela foi quanto bastou para os transformar. A combinação pareceu-me feliz e a repetir.


Houve chá gelado de menta e lima e também vinho tinto. Mas com o calor dessa noite, o chá foi a melhor das alternativas.
A companhia foi boa, como já é regra!
E com figos, fico bem!