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domingo, maio 08, 2011
A moral e as Caravelas
Num tempo em que encontramos a moral nacional em baixo, faz ainda mais sentido aprender/relembrar/ver isto, não pelo bairrismo em si, mas para percebermos que quando há estratégia, somos de facto bons.
segunda-feira, janeiro 14, 2008
Instalação da biblioteca de josé sócrates

A biblioteca ideal para um homem em que tudo é imagem, tudo é máscara, tudo é faz-de-conta. Flat, uma fila de lombadas sem páginas, sem palavras, sem leituras, assim como ter um diploma sem ter os conhecimentos correspondentes.
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domingo, janeiro 13, 2008
Lei do tabaco

Já andam para aí alguns zelotas preocupados em que a lei possa não ser cumprida em todo o seu rigor. E alguns descendentes mentais dos antigos 'bufos' da PIDE já se encarregaram de telefonar à polícia a denunciar fumadores. E a polícia lá acorreu, pressurosa, para reprimir à nascença a difusão deste odioso crime - que é o único não previsto no Código Penal e fomentado pelo Estado.
E lá, do seu pedestal […], de crachá pendente do cinto das calças e ar ameaçador […], já afia o dente António Nunes, o presidente dessa nova polícia chamada ASAE, cujos agentes se apresentam de camuflado negro e em estilo de brigada antiterrorista para inspeccionar restaurantes e cafés do país e agora mobilizada para o combate a este novo crime.
A lei, aliás, parece feita de encomenda para o senhor da ASAE. O homem que promete acabar de vez com as bolas de Berlim nas praias, os pastéis de bacalhau nas tascas e os doces de fabrico caseiro nos cafés, que jura guerra às colheres de pau nas cozinhas e que promove um mundo totalmente plastificado - colheres, copos, luvas, embalagens para tudo - e que suspira filosoficamente que a "dura lex, sed lex" o vai obrigar a fechar metade dos restaurantes do país, não podia ser mais adequado a esta nobre tarefa de perseguir os fumadores em todas as feiras, chafaricas e recantos do país profundo. […]
[…] temos a ASAE e o seu exército de camisas negras com as narinas devidamente treinadas para cheirar qualquer resquício de fumo a léguas de distância. E temos os eternos 'bufos' disponíveis para denunciar nem que seja o velhote que há anos se senta na mesma mesa da tasca do bairro para jogar dominó com os amigos e acender um cigarro para queimar o frio e a tristeza. A tristeza por viver num país onde se respeita tão pouco a liberdade dos outros.
Miguel Sousa Tavares, Expresso
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A ler

"Num caso e noutro, o referendo e o aeroporto, os governantes mentiram, desdisseram-se, negaram o que tinha afirmado, mudaram de opinião e de certezas, voltaram atrás, disseram que não tinham dito, não era bem assim, só queriam dizer que era isto e não aquilo... Neste exercício de garantir o que não é evidente para ninguém e de negar o que disse e prometeu, Sócrates foi absolutamente excelente. Revelou a convicção de um vendedor de persianas. Portou-se com a inocência de um escuteiro. Sócrates está convencido de que pode vender o que quiser a quem quer que seja. Basta ele falar, controlar a informação, negar a evidência, garantir as suas certezas e elogiar o produto!Como os governantes não mudam de estilo nem de sistema, a não ser que a isso sejam forçados, já não vale a pena esperar pelos efeitos correctores desta semana nos seus comportamentos. Mas a população assistiu. Viu. Pôde tirar conclusões. Se, como os animais, os homens aprendessem com a experiência, esta semana teria sido gloriosa. Ficaria na história como um dos momentos altos de aprendizagem da arte de ser governado. Perder-se-ia rapidamente a confiança em Sócrates. Este Governo teria o desfavor público. A competência técnica, a seriedade e as promessas do Governo passariam a ser motivo de gargalhada e desprezo. Infelizmente, parece que os homens em geral e os portugueses em particular não são como os animais. Não aprendem." (Barreto)
"Entretanto, o país cai, o pessimismo dos portugueses cresce e a economia está praticamente em coma. O ano de 2008 vai ser mau e, provavelmente, péssimo. O cidadão comum sabe que depende do preço do petróleo e do que suceder na América e em Espanha. A insegurança é grande. O que, em princípio, prejudicaria Sócrates. Mas não. Sócrates vive da insegurança. Cada vez que lhe chamam autoritário, cada vez que (justamente) o acusam de pôr em perigo a democracia e a liberdade, os portugueses, como de costume, agradecem a existência providencial de um polícia. Um polícia que manda e que proíbe; e que fala pouco. Não querem a barafunda por cima da miséria; e preferem a miséria à barafunda. Num mundo instável e confuso, Sócrates sossega. O resto é acessório." (Vasco Pulido Valente)
citados aqui.
*
Textos excelentes para uma aula de cidadania. Amanhã, que é Segunda-feira, à hora de sempre e na sala de sempre.
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sexta-feira, janeiro 11, 2008
"determinar a imprescindível desinfecção do cu da galinha"

"Uma coisa é reprimir infracções verificadas (falta de limpeza, mixórdia, deterioração, gato por lebre, fuga ao fisco...) e responsabilizar exemplarmente os seus autores, outra é querer preveni-las em absoluto e em abstracto, metendo insensatamente no mesmo saco tanto o que pode ser muito grave como o que não tem importância nenhuma. Uma coisa é o controlo de regras básicas de higiene e segurança alimentar, outra o vezo inquisitorial sem critério ou discriminação, em nome do politicamente correcto, da rastreabilidade e do Estado da colher de pau.
A carne fica oito a dez dias em vinha de alhos, numa receita de Lamego; a perdiz é de comer "com a mão no nariz"; a caça não sai propriamente dos matadouros; a temperatura das mãos que amassam certos queijos artesanais é determinante da sua qualidade; há vinhos que envelhecem em barricas de madeira de há muito impregnadas; a culinária caseira, só viável como actividade de subsistência se fornecer restaurantes (o que, aliás, o fisco pode sempre controlar), é um repositório riquíssimo que inevitavelmente se perderá se não puder continuar nos termos em que existe; e assim por diante...
Se tudo isso e muito mais for proibido, ou plastificado, liofilizado, higienizado até ao ridículo, nem por isso aumentará a segurança alimentar, mas em compensação dar-se-á uma destruição obstinada e sistemática do património cultural e do tecido económico.Esse fundamentalismo de sinal totalitário tem tanto de delirante como de missão impossível. A menos que, um dia destes, a ASAE resolva mandar os clientes andarem sem sapatos nos restaurantes e criar uma inspecção para o teor dos sulfatos de peúga; verificar com uma zaragatoa, à entrada, a limpeza das mãos deles e se trazem as unhas de luto; impor uma lavagem do dinheiro em espécie e dos cartões de crédito antes de entregues para pagar a conta; proibir toalhas e guardanapos de pano nas mesas; obrigar os empregados a usarem escafandro e o cozinheiro a encapuzar-se para evitar que espirre para cima do esparguete; e, last but not least, determinar a imprescindível desinfecção do cu da galinha antes de ela pôr os ovos..."
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"...que homem é este que nos governa que não hesita em enganar-nos de forma tão deliberada, com tanta desfaçatez, e desprezo pelos outros? É sem dúvida um homem perigoso."
(JPP)
*
Curioso. Agora que as aulas chegaram aos autoritarismos (Anos 20 e 30), e vamos abordando as várias características destes regimes, são muitos os comentários de alunos relacionando essas características com o nosso governo e o nosso primeiro-ministro. Está lá muita coisa, realmente: culto do chefe (RTP), censura (ausência de notícias contrárias ao "governo" e de críticas à actuação de Sócrates na Europa e por cá), autoritarismo (abuso de poder, arrogância, ameaças..., leis absurdas e complementares actuações da ASAE cheias de "excesso de zelo", um belo eufemismo), propaganda (RTP RTP RTP RTP), ausência de liberdade de expressão (caso Charrua), anti-democracia (para além das habituais mentiras eleitorais, promessas que se sabia nunca seriam cumpridas, há o desrespeito pela vontade popular expressa em voto, como se viu no referendo do aborto repetido até sair o resultado que o governo queria, como se vê nos constantes ataques a Jardim e à Madeira) e, para finalizar, o totalitarismo, ou seja, a tentativa metódica por parte do Estado de manipular e limitar a vida pessoal e o livre-arbítrio dos cidadãos, em nome de "mais altos valores", neste caso, o valor da "saúde" imposto à força com a lei do tabaco...). Só não há militarismo, imperialismo (este está a cargo da UE) nem anti-comunismo porque são politicamente incorrectos.
E os alunos percebem, associam. Espero boas notas.
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quarta-feira, janeiro 02, 2008
Cara de pau (como se fosse uma surpresa)

"Inspector-geral da ASAE fotografado a fumar com lei já em vigor" (Público)
Das duas uma, ou a lei não é para cumprir e é só para europeu ver, ou este senhor deverá pagar a respectiva multa e dar o exemplo. Como isso, obviamente não vai acontecer, espero que mais ninguém seja obrigado a pagar uma multa absurda.
*Teoria da conspiração: A ASAE é mais um dos sintomas da transformação de Portugal num regime cada vez mais totalitário. Estes regimes, diz a História, precisam sempre de forças da sua confiança. Sócrates, naturalmente, não confia nem na PSP nem na Judiciária (ou vice-versa). Nos últimos anos foram retiradas competências a estas polícias. Disso se tem falado muito a propósito da incapacidade de operar contra o grande crime no Porto. As operações de pequena criminalidade, que muitas vezes permitiam chegar à grande criminalidade através da obtenção de informações e de ligações entre suspeitos, caíram nas mãos da ASAE, promovida de grupo de fiscais para uma nova força policial. Usam armas (com que preparação?) e foram devem o que são ao governo, a quem obviamente se manterão fiéis.
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sábado, outubro 27, 2007
os iluminados
O mal das generalizações é que tendem a ser injustas. Diz-se que os políticos são todos iguais, que são todos mentirosos. Que prometem e, depois de eleitos, não cumprem. Pois bem, tendo em conta as mudanças de 'opinião' do falecido Cavaco, do primeiro-analfabeto Sócrates e do PSD em relação ao referendo, começa a ser difícil não pensar que são realmente todos iguais.
Sócrates e o PS, verdade seja dita, já tinham demonstrado o seu respeito pelo peso dos referendos quando repetiram o do aborto até obterem o resultado que lhes interessava. É a chamada democracia socialista (certamente uma herança dos 'bons tempos' da primeira república (que deu no que deu), há liberdade de expressão e de opinião desde que seja a nossa e não outra contrária à nossa.
No meio disto tudo, surge uma personagem cada vez mais hilariante, chamada Vital Moreira. Esta mente iluminada considera que os portugueses não se devem pronunciar sobre o referendo porque são ignorantes e não iriam perceber o tratado, mesmo que o lessem. Já Manuel António Pina questionou, no DN, se os deputados que , na opinião de V. Moreira, o devem aprovar serão menos ignorantes e dar-se-ão efectivamente ao trabalho de o ler. E compreender. Obviamente que não (lá estão as generalizações maldosas, mas se V. Moreira as pode fazer, quem não pode?).
A opinião de V. Moreira levanta até outra questão, pois parece ser um bom (salvo seja) começo para defender o regresso do voto censitário ou do despotismo esclarecido, em que sócrates, licenciado num domingo, e V. Moreira (atrevo-me a acrescentar ainda o dr. Júdice e o actual sósia do prof. Cavaco) seriam as mentes esclarecidas que decidiriam por nós (arrepios de terror). Se os Portugueses não se podem pronunciar em relação ao que não podem compreender, então por que motivo votam para eleger deputados e presidentes?
Dando mostras de grande bom senso, V. Moreira sugeriu ainda (vejam a luz, vejam a luz) que, a haver referendo, a pergunta deveria ser:
"concorda com a permanência de Portugal na U.E?"
(ou algo do género, não memorizei o texto, perdoem a minha ignorância).
E realmente devo ser mesmo ignorante, pois olho para essa pergunta e, coisa estranha, não me parece o mesmo que perguntar:
"concorda com a ratificação do tratado de Lisboa?"
E penso que para muitos Portugueses a confusão será idêntica, pois à primeira responderiam Sim e à segunda responderiam Não. Lá está a nossa ignorância, somos capazes de à mesma questão (sim, porque se V. Moreira sugere que é a mesma coisa, então é porque é) responder sim e não. Por favor, senhores iluminados, votem por nós, opinem por nós, não permitam o referendo.
(sócrates com o seu diploma - saindo da parede, o exame de inglês técnico)

ps: Ah, mas agora entendo uma coisa: aquela questão das promessas que não são cumpridas, as mentiras do pseudo-engenheiro (scuts, baixa de impostos, progresso económico, combate ao desemprego, justiça social, não à ditadura do défice, sim sou mesmo licenciado, aposta na educação e etc...) não foram realmente mentiras nem situações confusas, nós é que, na nossa pobre e vil situação de ignorantes, não percebemos as sábias e luminosas palavras do mestre. Tal como não temos entendido nenhum político nas últimas décadas.
domingo, março 18, 2007
all-garve
A última visão governamental passa por promover o turismo algarvio com uma campanha que altera o nome Algarve para Allgarve. A lógica, explicou sabiamente o ministro ou secretário, é chegar ao público de língua inglesa. Hum... Se a estupidez servisse de fertilizante, só esta ideia permitiria cultivar o deserto do Sara (ou deverei dizer Sahara?). Em primeiro lugar, porque é totalmente imbecil. Em segundo lugar, porque trata os Ingleses como se fossem membros do governo português, ou seja, iletrados e com défice de aprendizagem acentuado. Todos os Ingleses (e já agora Irlandeses) que fui conhecendo não têm qualquer dificuldade em pronunciar Algarve, com apenas um l. Terceiro, porque promover o Algarve junto do público inglês é o mesmo que publicitar coca-cola junto de adolescentes. Seria muito mais inteligente promover junto do mercado britânico o resto de Portugal (a parte que realmente é bonita e culturamente interessante e que não se resume a hotéis de má qualidade, praias poluídas e lotadas e campos de golfe, o tal "all" que compõe o allgarve). Quarto, porque anglicizar (será assim que se diz?) um nome geográfico para atrair turistas é um claro sinal de terceiro-mundismo e de falta de personalidade, características intrínsecas ao nosso governo, que entra em êxtase místico sempre que surgem sinais misteriosos vindos de além-fronteiras, seja Finlândia (a pátria da educação), Espanha ou, mais recentemente, Índia (onde o sucesso económico assenta numa curiosa exploração em semi-escravatura de mão-de-obra adulta e infantil, aparentemente tão ao gosto do ministro da economia).
Se a moda pega, poderíamos ver o governo a alterar outros nomes. Desde já, sugiro que Coimbra seja rebaptizada como Oxford, Cambridge ou Harvard, tanto faz. A Figueira poderia designar-se por St. Tropez da Foz. Minho e Trás-os-Montes poderiam mudar o nome para Iberian Ireland, Lisbon mantinha-se ou passava a ser Madrid-by-the-Sea. Setúbal podia ser European Cape Verde e o Alentejo Portuguese Sicily. Oporto perdia o O para ser mais facilmente associado com o Porto (wine) ou o FC Porto (ex-clube do special one). A Madeira atrairia muitos(as) jovens ingleses(as) se mudasse para Ronaldo's Hometown, embora também não careça de grande publicidade. A cerveja sagres deveria mudar para cheap ale, a RTP para low budget BBC, os pastéis de Belém para portuguese breakfast (servido com black coffee). E por fim, S. Bento seria Lisbon Human Zoo e o sr. Sócrates seria Hose (josé) the Gray (cinzento) Gay (alegre) Clown (palhaço). E Cavaco Silva, dada a sua actual função e desempenho, poderia ser conhecido como Madame Tussaud's wax statue of Former Portuguese Prime-Minister Mr Cavaco Silva.
quinta-feira, março 01, 2007
O regresso
Portas voltou. Promete uma nova direita, mais aberta e tolerante, sinal claro que quer uma direita moderna e não apegada a discursos de xenofobia ou excessivamente conservadores. Promete ainda (e isto é o que a curto prazo importa mais), ser oposição num país onde ela não existe, a não ser na ilha da Madeira. É triste termos um país onde a única voz audível contra um governo da qualidade (?) do que temos seja a do presidente o governo regional da Madeira. Por alguma razão surgem tantas leis anti-pessoais (como as minas) contra João Jardim.
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(A propósito de Jardim, dois factos indesmentíveis: 1º a Madeira evoluiu mais do que os Açores; 2º os Açores sempre receberam mais dinheiro do governo central do que a Madeira, aspecto sempre camuflado mas que foi afirmado pelo próprio Mota Amaral no Espesso da semana passada; então porquê cortar o dinheiro à Madeira e aumentar o dos Açores se estes, evidentemente, o gastam com pior proveito?)
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Portas promete fazer oposição determinada. "O Engenheiro Sócrates não é o único português determinado", afirmou. O discurso, curto e bem pensado, foi também um golpe quer no actual líder do CDS quer no do PSD. Estes, pelo seu silêncio e falta de coragem ou determinação, dão um claro sinal ao país de que não têm nada a dizer ou contradizer. Fariam o mesmo se fossem governo? Não sabemos. De Portas podemos esperar acção, crítica e propostas concretas e pensadas. Claro que rapidamente a comunicação social virá fazer o serviço do ps e levantar os casos e as suspeitas e as críticas do costume. Mas talvez ainda seja possível que P. Portas consiga ter sucesso. Pelo menos irá desgastar Sócrates, que já não falará sozinho no parlamento e não vrá as suas "verdades" absolutas passarem incontestadas, como palavra do salvados da pátria. Afinal, ainda há esperança.
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ps: a propósito do ps e do espesso, vinha uma entrevista de Ana Gomes, totalmente desinteressante, como seria de prever. No entanto, há um pormenor curioso. Segundo a dita personagem, as acusações feitas a F. Rodrigues no caso Casa Pia foram toleradas ou não combatidas por Durão Barroso. Não percebo a lógica. Que tinha o psd a ganhar com a queda de F. Rodrigues da liderança do ps? Se virmos bem as coisas, quem foi o grande beneficiado com o desgaste da imagem de F. Rodrigues, a não ser o actual primeiro-ministro? Com Ferro no ps, Sampaio não convocou eleições. Ferro caiu, entrou Sócrates e vieram as eleições. E Durão Barroso? Há muito que estava na Europa...
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domingo, fevereiro 18, 2007
gov€rno de p€nsam€nto único
O governo decidiu, para poupar mais uns €, encerrar a maternidade de Chaves. A justificação é a habitual: tem menos de 1500 partos anuais e, quando a A24 estiver acabada entre Vila Real e Chaves, as flavienses ficarão a apenas meia hora da maternidade. Pois. Acontece que a maternidade de Chaves serve outras terras como Valpaços (50 minutos de Vila Real pela IP4 de são for inverno), Boticas e Montalegre (mais de 1h de viagem até Vila Real, isto se não houver neve e gelo). Aliás, como bem lembra o presidente da câmara de Chaves, "A parte mais Noroeste de Montalegre dista cerca de 80 quilómetros da cidade de Chaves, um percurso que, actualmente, demora cerca de duas horas a percorrer. Agora imaginem que as grávidas [de Montalegre] ainda tinham que percorrer a distância até Vila Real, para onde serão transferidos os partos com o encerramento da maternidade de Chaves." Ah, para que conste: a maternidade de Chaves sofreu obras recentemente e apresenta melhores condições (segundo me disseram, porque não fui lá comparar) que as de Vila Real.
Enfim, mais uma decisão idiota de governantes que pensam (?) que o país é todo ele igual à parte que conhecem, a autoestrada que liga Lisboa ao Algarve.
quinta-feira, fevereiro 15, 2007
Será só impressão minha...
... ou o documentário sobre Salazar teve menos publicidade que os anteriores? (diz quem viu que foi o mais bem conseguido até ao momento, o que não espanta, já que o de D. Afonso Henriques teve Leonor Pinhão como apresentadora... Não há historiadores em Portugal, pelos vistos).
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... ou há retaliação política na decisão de começar a aplicar o novo cartão do cidadão (ou lá como se chama) nos Açores, deixando a Madeira para último? É que, se virmos bem, a única personalidade portuguesa que ainda enfrenta o regime populista que nos governa é o presidente do Governo Regional. Também é populista? Pois, mas takes one to know one. Além do mais, comparando Jardim com Sócrates, há (entre outras) duas diferenças de vulto:
1. A obra de Jardim melhorou a Madeira (por isso os jornais nacionais nunca falam dela, preferindo os apartes folclóricos), a de Sócrates não trouxe propriamente benefícios para Portugal;
2. Jardim tem contra si toda a comunicação social (tirando os jornais madeirenses), Sócrates tem-na a seu favor (tirando os jornais madeirenses).
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... ou em breve Sócrates lançará uma nova "importante discussão" como foi a do aborto, para evitar que se olhe para a política do seu governo? Um velho truque que Guterres utilizava com mestria até se atolar no pântano.
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A vantagem de ser PS
Cada vez melhor o ministério da educação. Decididamente, deveriam mudar o nome para ministério da ilusão estatística ou ministério da tolice (se bem que poderia causar confusão com grande parte dos restantes).
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1. As provas de aferição que são feitas aos 4º e 6º anos em algumas escolas seleccionadas vão passar a ser universais. É o que se chama universalizar a asneira. Mais uma decisão de quem não percebe a realidade. E qual é a realidade Em geral, os alunos só trabalham quando sabem que a avaliação conta. Ora, as provas de aferição não contam para a passagem dos alunos. Naturalmente que, fora os que são muito aplicados, mesmo os alunos bons não se preocupam com testes inúteis. Podem dizer que as provas servem para avaliar a aprendizagem dos alunos, mas sinceramente, se os alunos não se preocupam em aplicar nessas provas tudo o que sabem, que realidade vai o ministério avaliar? É o mesmo que avaliar um atleta num dia de treino ou quando ele está a correr no parque da cidade. Ou um escritor quando está a elaborar a lista de compras.
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No concurso para professores titulares, quem gozou de licença de maternidade vai ser penalizado. Estranha forma de incentivar a natalidade. Proposta a asneira, o ministério veio entretanto desmentir que será assim. Tanta trapalhada e nenhuma crítica da comunicação social à ministra ou ao governo.
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Até há pouco tempo não havia concursos. Os do ano passado valiam por três anos. Afinal não, ou sim? Ou há concursos, mas não se sabe ainda para quem? Não há medida deste ministério que não seja revogada, repensada, alterada. Basta lembrar as TLEBS, ou as aulas de substituição, que eram serviço não lectivo, mas que afinal para a lei portuguesa afinal são, etc... etc...
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