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sábado, dezembro 31, 2011

Uma manhã nas Letras

 (já não há institutos, mas as salas permanecem, assim como os nomes - um pouco como os nomes de ruas aludindo a funções ou espaços há muito perdidos: Rua dos Moinhos; Rua dos Sapateiros; Rossio;  Toural; Largo da Portagem.)



 (permanecem os pilares, sempre seguros, segurando uma estrutura vazia; e ao fundo, à direita, a porta da velha "livraria", fechada como quase sempre, com os mesmos livros, poucos e desactualizados; se na altura já fazia pouco sentido, hoje ainda menos. Continua ali, como se fosse mais uma peça de mobiliário abandonado)


(eram 9h30 da manhã)

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei muito deste post, apesar do tom, que interpretei como melancólico mas que combina com as fotos - o relógio de ponteiros estáticos, o tempo que não avança como provam os poucos livros (que imagino serem os mesmos de sempre, com as capas amarelecidas, cores esvaecidas e cobertas por uma fina camada de pó acinzentado) ainda expostos na livraria fechada e vazia, sem movimento... O silêncio apenas interrompido pelo som das lâmpadas fluorescentes. Até a luz parece diferente, de uma outra época.