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terça-feira, janeiro 18, 2011

Roteiro gastronómico

Este fim-de-semana não cozinhei. Fomos numa escapadinha à capital e as refeições ficaram a cargo de outros.
Aproveitei a oferta incrível de comida asiática, sobretudo japonesa e de fusão e comi sushi e sashimi até cair para o lado ;)
No domingo almoçámos aqui e foi interessante descobrir comida deste género a preços bastante acessíveis. O conceito buffet funciona muito bem, e tem uma relação qualidade/preço admirável.
Também arriscámos outros sabores e tendências e fomos até ao Bairro Alto ao jantar, a um restaurante de influência nórdica. As flammes são semelhantes a pizzas, mas só no aspecto, até porque menos gorduroso e mais equilibrado. A massa de pão estaladiça é coberta por creme fraîche e formage blanc. Também há a versão sobremesa.
Na Baixa fugimos dos restaurantes para turistas e acabámos casualmente sentados ao lado do presidente da autarquia e outro famoso edil. É um restaurante depretensioso, com comida simples, apetitosa mas com pormenores de requinte e bom gosto. O preço é espantosamente simpático e recomendável. Os meus filetes de linguado estavam soberbos e o puré de batata no ponto.
Foi um roteiro gastronómico agradável e que deixa vontade de voltar à capital para novas descobertas.

7 comentários:

Paulo Agostinho disse...

Moral da história: se forem a Lisboa, procurem os restaurantes para turistas e evitem os "despretensiosos", porque parecem ser muito mal frequentados.

guida c disse...

A moral da história não é essa de facto. O que se concluí é que o mundo é pequeno, uma laranja espremida, e que no fundo todos gostamos de coisas boas, entre elas comer bem.

Paulo Agostinho disse...

Discordo. Eu continuo a achar que uma boa refeição depende mais do ambiente do que da comida. Um hamburguer do donald é mais apetitoso num shoping rodeado de anónimos simpáticos do que um prato gourmet na presença de uma criatura tão desagradável, capaz de talhar as natas de qualquer um.

guida c disse...

Um mac nunca é bom em lado nenhum, muito menos no meio de anónimos que só por serem anónimos não são simpáticos. Além disso, comer com as mãos e com a maionese a escorrer pelos cantos da boca não é um cenário muito agradável para a hora de almoço.

Paulo Agostinho disse...

O mac é uma sandes e, que eu saiba, mesmo nos livros de etiqueta as sandes comem-se com as mãos. O Big Mac vende-se há mais de 40 anos, está disponível em todos os pontos do globo e só nos EUA um milhão e 500 mil pessoas diariamente concordam comigo - o mac é delicioso. Além do mais, continuo a preferir anónimos porque ainda há a hipótese de serem simpáticos e, por norma, não escorrem maionese pelos cantos da boca. Mesmo que escorram, continuam a ser uma visão mais agradável do que a criatura que referiste, que não se enquadra no meu perfil de boa vista.

guida c disse...

Não me estás a querer dizer que o milhão e 500 mil americanos que diariamente comem mac servem para provar que é um produto bom?! Isso é critério?!!Como bem sabes, são sobretudo os americanos que sofrem de problemas de obesidade e má alimentação devido a esses produtos. Não quero doutrinar ninguém, mas na minha opinião, é comida de baixa qualidade, pouco apetecível e que só serve para poupar alguns tostões quando se viaja pela europa e o orçamento fica reduzido.

Paulo Agostinho disse...

Andas a ouvir comunicação social portuguesa a mais. Em primeiro lugar, a opinião de milhões de americanos é válida - na minha opinião é gente de bom gosto. Afinal de contas, foram eles que inventaram o jazz, os blues, o rock n' roll, o cinema tal qual ele é hoje em dia, muito da arquitectura e da pintura do Século XX e da literatura.
Por outro lado, ser obeso não é efeito directo da alimentação. Basta ver que as comidas tradicionais são tudo menos "saudáveis" - cozido à portuguesa, cabrito assado, chanfana, bacalhau, feijoada à transmontana etc etc. Porém, no passado as pessoas mexiam-se, andavam a pé para o trabalho (e as crianças para a escola). Hoje, não há gente que não leve o carro para o trabalho, mesmo que a distância seja de meio quilómetro. E não há pai ou mãe que não transporte o petiz até à porta da sala de aula, mesmo morando a 500 metros. Por "segurança", dizem. Por conforto da criança (ou dos pais), que não pode apanhar nem frio nem calor, nem chuva nem sol, nem brisa matinal nem ventos do norte.
Por comodismo, sobretudo, porque teriam de caminhar com eles pela rua e aturá-los. A falta de exercício é que leva à existência da "obesidade" no mundo civilizado (não só nos EUA).
Já agora, existem restaurantes que servem hamburguer "gourmet", precisamente à imagem dos macs, apenas a preço diferente - pão e carne picada, tomate e molhos. Não é um prato de má qualidade. Se é pouco apetecível ou não, é questão de gostos. Eu só disse que preferia um hamburguer com boa gente do que um prato xpto num restaurante com gente pouco recomendável. Mas é a minha opinião.