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sábado, fevereiro 19, 2011

Aniversário














Ontem foi o aniversário do meu pai. Tinha pensado preparar o jantar desse dia. No início da semana comecei a pesquisar uma ementa de comida tradicional timorense, uma vez que o meu pai esteve nesse pedaço do mundo e de lá guardou as melhores recordações. Mas a meio da semana avisou-me que por razões de trabalho não ia ser possível vir até cá a casa para o tal jantar. Mas ontem, depois de almoço tudo mudou. Afinal era possível o jantar. Só não era possível concretizar a ementa de comida timorense. Ainda assim, usei três ingredientes muito utilizados naquela cozinha: porco, camarão e coco. Passei rapidamente no talho no regresso a casa, para comprar lombo de porco. Pedi para cortar em duas partes no sentido longitudinal.
Tinha visto em tempos uma receita da Mafalda Pinto Leite em que o porco era envolto em compota de laranja e pão ralado. Tentei algo semelhante. Eis o que fiz:

ENTRADA (uma sugestão que vi num livro de petiscos de Jennifer Joyce)
Gambas panadas em coco ralado com salada de rúcula, pêra e nozes com vinagrete de mirtilos

COMO FIZ:
Temperei as gambas com flor de sal e pimenta. Passei por farinha de milho, depois por clara de ovo e finalemente por coco ralado. Levei a fritar em óleo vegetal e reservei no forno aquecido. Servi com um molho de maionese e mostarda e com uma salada de rúcula selvagem a que juntei pêras cortadas no ralador para obter fatias bem finas, com nozes e um vinagrete de azeite, sal e vinagre de mirtilos.

PRATO PRINCIPAL
Lombo de porco com crosta de laranja e batatas com gengibre

COMO FIZ:
Temperei o porco com sumo de laranja, pimenta e flor de sal. Selei a carne na frigideira e depois cobri com compota de laranja e finalmente envolvi com uma mistura de pão ralado e casca de laranja ralada. Levei ao forno a 180º cerca de meia hora. Para acompanhar, assei batatas e cenouras em azeite com sal, tomilho e gengibre em pó. Servi com um molho de azeite, sumo e compota de laranja, sal e pimenta.

BOLO DE LIMÃO E COCO
Fui buscar a receita aqui, porque acho que tudo o que ela faz é maravilhoso. Só optei por uma cobertura diferente, porque me agrada muito o contraste das natas com o coco. Assim, bati uma embalagem de natas com duas colheres de açúcar. Cobri o bolo com as natas, polvilhei com o coco e a L. deu o toque final com as bolinhas coloridas. Dão um aspecto divertido, mas são agressivas para os dentes.
Toda a refeição foi acompanhada por um tinto Carm reserva 2008 que me enche as medidas.
Para decorar a mesa, um pano feito em Timor.

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Bolachas de laranja e baunilha




Metemos mãos à massa. As três. Sim, porque a F. também já gosta de participar nestas (des)venturas. Depois da primeira fornada, a L. teve uma ideia «mãe, podiamos usar bolinhas para fazer os olhos dos animais» Grande ideia. Vamos a isso.
A minha versão das bolachas leva pouco açúcar. Sugiro que use cerca de 20g a mais para ficarem ao vosso gosto. E brinquem com as formas e os miúdos.
O QUE USEI:
250 g farinha s/ fermento
100 g açúcar
70g manteiga
raspa de 1 laranja
1 colher de essência de baunilha
COMO FIZEMOS:
Juntei o açúcar com a manteiga. Adicionei a farinha, a baunilha e laranja. Amassei bem até formar uma bola. Deixei repousar no frigorífico envolta em película aderente 30 minutos. Depois é só estender a massa com o rolo e ir cortando ao sabor da vontade das pequenas.



Nenhuma novidade!

"Barcelona é a melhor equipa dos últimos dez anos. FC Porto lidera portugueses."

De volta ao cuscuz



Ao final do dia, quando desliguei o computador e enumerei mentalmente tudo o que tinha de fazer até à hora de sair de casa para assistir a uma tertúlia, calculei que tinha de ser prática e encontrar uma solução mega express para o jantar. Estáva em causa não falhar a promessa que tinha feito à L. na véspera. Faríamos bolachinhas. Mas antes disso, ainda tinha de passar na loja para comprar um presente de aniversário, ir buscá-la à escola, tratar de banhos, fazer sopa e o restante jantar e preparar a massa para as ditas bolachas.
Sou apreciadora de cuscuz. Pelo sabor e também pelo modo simples de preparar. Tinha inclusive feito o maior dos elogios a este acompanhamento à minha amiga S. que estava curiosa para experimentar.
Seja cuscuz. Vejo os legumes na gaveta do frigorífico e aproveito os bifes de frango que tinha comprado na véspera e que já não vou congelar. O resultado foi este: Frango e legumes temperados com limão e vinagre balsâmico, acompanhados de cuscuz com sementes e frutos hidratado com laranja.
O QUE USEI:
bifes de frango
curgetes
cenouras
cogumelos
pimentos vermelhos
cuscuz
passas de uva
amêndoas laminadas
sementes de papoila
sumo e raspa de limão
vinagre balsâmico
tomilho
flor de sal
azeite
COMO PROCEDI:
Cortei os bifinhos em cerca de 3 pedaços cada. Deixei a marinar em sumo e raspa de limão, tomilho, vinagre e sal. Cortei os legumes no ralador e temperei com sal e vinagre. Entretanto, numa frigideira anti-aderente, salteei o frango em azeite. Reservei numa taça tapada para não perder calor. Usei a mesma frigideira para os legumes. Aqueci água para hidratar o cuscuz. Acrescentei sumo de uma laranja na hora de servir, juntamente com as amêndoas, passas de uva hidratadas em água quente e sementes de papoila.
Os citrinos dão um aroma inconfundível, sobretudo se forem caseiros como estes.
Missão cumprida!
Olho para o relógio. Ainda dá tempo de fazer as bolachas!

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Raúl superó a Müller como máximo goleador en competiciones europeas (70 frente a 69)

Com muita vitamina c

Nos dias em que a L. tem ballet sai mais tarde e fica difícil fazer qualquer coisa na cozinha que exija tempo. E ela queria muito fazer bolachas. Com moldes. Não pode ser. É preciso juntar os ingredientes e deixar a massa pelo menos uma hora no frigorífico. Não. Tem de ser algo mais rápido. «Queques mãe? Podem ser queques? Quantos ovos posso partir?» Ups! Só um! Vamos então aos queques.
Gosto sempre das sugestões de queques da Nigella. Vamos tentar uns que nunca tenhamos feito. Temos laranjas do quintal da avó N. Por isso, queques de laranja, aproveitando a desculpa da vitamina C. São pouco doces, o que é agradável ao pequeno almoço. Estamos decididas, avancemos.
O QUE USEI:
250 farinha com fermento
75 g manteiga sem sal
70 g açúcar branco
75 g amêndoa laminada
1 ovo
100 ml leite
150 ml sumo de laranja
raspa de 1 laranja
1/2 colher chá bicabornato de sódio
1 colher chá fermento
COMO FIZ:
Pré-aqueci o forno a 200º. Derreti a manteiga e deixei arrefecer. Numa taça grande juntei a farinha, o açúcar, a amêndoa, a raspa da laranja, o bicabornato e o fermento. Envolvi bem. Noutra taça, juntei o leite, o sumo, o ovo e a manteiga já arrefecida. Bati e depois fui adicionando a taça com os ingredientes secos, mexendo com um garfo, apenas para envolver. Segundo a Nigella, os queques querem-se pouco batidos. Estes ficam ligeiramente grumosos. Utilizei a bendita colher de gelado para colocar a massa no tabuleiro já com formas de papel e deixei a assar cerca de 20 minutos. Retirei e coloquei na grelha para arrefecer. Segundo a autora, não devem arrefecer muito, porque a seguir é para devorar. Eu sou mais contida! Comi um e outro no pequeno almoço de hoje. São muito perfumados, graças à laranja.
Bem sei que hoje não vou ter desculpa para não fazermos bolachas!

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Servir amizade à mesa







Um jantar a meio da semana com amigos é um verdadeiro balão de oxigénio. As crianças deitam-se um pouco mais tarde, a máquina da louça faz dois programas, as costas estão ligeiramente doridas porque se esteve um pouco mais tempo de pé na cozinha, mas no final de tudo, há um sorriso que teima em permanecer. Tudo porque se serviu à mesa, doses generosas de amizade, cada um a seu modo.
Chamei a este jantar de ontem "Jantar Posterior a S. Valentim", mais a título de brincadeira com as comemorações da véspera, mas podia muito bem ser "Jantar Gosto de Estar com Vocês Porque me Inspiram". Porque de facto este amigos contribuem diariamente para eu dar importância ao que realmente merece.
Para ir petiscando tinha umas azeitonas caseiras da feira do Louriçal, muito amargas, segundo as crianças, mas para mim aquilo é que são azeitonas. Preparei uma pasta de atúm e uma manteiga de ervas.
Aproveitei a grande panela de sopa da véspera e servi-a. Porque não há lugar a desperdícios e porque não tive tempo de preparar outra. Mas para a próximo faço um creme de couve flor com amêndoas torradas porque o H. é grande apreciador.
Para entrada, segui uma sugestão da Mafalda Pinto Leite. Um camambert embrulhado com frutos silvestres. Ela faz com amoras. E uma salsa tropical, que também não segui exactamente como ela. Apesar de gostar mais de limas, do que limões, usei estes, mas acho que também resulta muito bem. O contraste do doce do folhado com a frescura da salsa é maravilhoso.
Para prato principal, um empadão de frango, para não defraudar ninguém, com a receita do costume, a que acrescentei cogumelos. Acompanhei com uma salada de rúcula e agriões, com maçã assada envolta em presunto e um vinagrete de mel, também inspirada na Mafalda.
Tal como aparece na ementa, a convidada trouxe uma surpresa doce. E que surpresa! No seguimento da entrada, terminámos a refeição com os mesmo protagonistas: frutos silvestres. Um trifle fantástico que nos deixou a todos com a sensação de que temos de repetir ;)

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Jantar sem corações ou ursos de peluche




O jantar do dia de S. Valentim lá em casa não incluiu troca de presentes, nem coraçõezinhos ou ursos de peluche amorosos made in China. Contudo, a ementa poderia ser de comemoração, porque a comida, na minha opinião, era bonita. Mas o meu lema é procurar fazer que cada refeição seja uma celebração, mesmo que a data não tenha nada de comemorativo. Conseguir reunir a família à mesa, com alegria e amor é só por si um acto solene. Por isso, este jantar poderia ser em qualquer dia da semana.
Para começar, tinha um creme de chuchu e grelos de nabo, muito perfumado com salsa. Depois aproveitei os últimos espargos que estavam no frigorífico e umas limas há muito a chamar por mim. O resultado foi este. Um bocadinho minimalista é certo, o que muito se adequou à hora tardia a que foi servido.
O QUE USEI (espargos):
espargos
fatias finíssimas de presunto
COMO EXECUTEI:
Cozi em água com sal os espargos cerca de 7 minutos. Envolvi-os nas fatias de presunto e levei à chapa até tostar ligeiramente.
O QUE USEI (peixe):
tranches de pescada
1 lima
1 banana
azeite
flor de sal
geleia de piri-piri
pimenta
tomilho
COMO FIZ:
Num prato de forno coloquei papel vegetal com tamanho suficiente para fechar o prato. No interior dispus as tranches acentes em rodelas muito finas de lima. temperei com pimenta, flor de sal e geleia de piri-piri. Reguei com um fio de azeite e coloquei sobre cada pedaço de peixe, uma fatia de banana com folhas de tomilho. Tapei com o papel vegetal e levei ao forno a 200º, cerca de 20 minutos.
Servi com os espargos, tudo regado com sumo de lima.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Tarte de cebola, espargos e linguiça





O programa Ingrediente Secreto do chef Henrique Sá Pessoa é muito inspirador. Apetece fazer todas aquelas sugestões, com ou sem alterações. Parecem-me sempre cozinhados possíveis de executar, mesmo para quem não tem muita experiência na cozinha.
A tarte que se segue vem no seguimento de uma que ele fez com cebola e chouriço. Optei na minha versão por acrescentar espargos verdes e trocar o chouriço por linguíça. Tal como ele, não uso natas nestas tartes, mas sim leite. Torna-se menos enjoativo e calórico.
Acompanhei com uma salada de rúcula, tomate e beterraba.
O QUE USEI:
1 base de massa quebrada
4 cebolas médias
2 dentes de alho
1 linguíça
5 espargos verdes
4 ovos caseiros
200 ml de leite
sal
pimenta
nóz moscada
azeite
COMO FIZ:
Numa frigideira coloquei a cebola cortada em meias luas finas e os alhos raspados a quebrar no azeite. Depois acrescentei a linguíça e os espargos cortados em pedaço pequenos. Deixei cozinhar cerca de 7 minutos. À parte bati os ovos com o leite e as especiarias. Antes de juntar ao preparado da cebola, deitei uma colher de sopa rasa de farinha envolvendo a cebola e os restantes ingredientes. Finalmente juntei os ovos e leite e deitei na forma com a base de massa quebrada. O forno já estáva quente, a cerca de 180º. Deixei cozinhar cerca de 25 minutos.

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Granôla




No último livro da Mafalda Pinto Leite vem uma receita de granôla que me chamou imediatamente a atenção. Fui adiando a execução porque na minha despensa não constavam arandos secos nem gérmen de trigo. Fui às compras. Não foi difícil encontrar o gérmen, mas os arandos... Ora esse é um dos poucos inconvenientes de morar na província. Por vezes é difícil encontrar alguns produtos que nas cidades maiores se encontram facilmente. Como eu gostava de ter um super-mercado destes por aqui! Não que o sítio do costume não seja o suficiente. Mas arandos... enfim! Felizmente a própria autora deve ter tido isso em consideração e dá mesmo a ideia que esse é apenas um ingrediente que pode vir a encontrar e a acrescentar à receita!
Ao pequeno almoço adiciono agora todas as manhãs, uma taça com duas colheres de sopa bem cheias de granôla, com iogurte natural e fruta. Ainda só experimentámos com morangos e pêras. A textura é muito agradável sem ser demasiado crocante nem doce.
Um frasquinho vai seguir para o norte este fim-de-semana.
O QUE USEI (exactamente as proporções do livro da Mafalda):
500g flocos de aveia
1/2 chávena amêndoas laminadas
1/4 chávena sementes sésamo
1/2 chávena gérmen de trigo
1/2 chávena coco ralado
1/2 colher de chá de flor de sal
1/2 chávena óleo girassol
1/2 chávena mel
1/3 chávena água
1 1/2 colher chá essência de baunilha
1/2 chávena arandos secos (não usei)
COMO FAZER:
Liguei o forno a 140º.
Numa taça juntei os ingredientes secos e envolvi. Noutra, os ingredientes líquidos. Depois envolvi tudo e coloquei em dois tabuleiros, numa só camada. Levei ao forno. Depois de 10 minutos agitei. E fui fazendo esse processo em intervalos de 30 minutos. Ficou cerca de 1.30h no forno. Depois de arrefecido, guardei em frascos herméticamente bem fechados.

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Um almoço só para mim




Não tenho por hábito almoçar apenas uma sopa. Gostava que assim fosse. Para procurar a forma, porque manter não estou interessada! Isso era se a forma estivesse bem. Quando tento fazer uma refeição apenas com a sopa e fruta fico com a sensação de uma gaveta vazia. Falta sempre qualquer coisa. Por isso, como ando a ficar um bocadito apreensiva com os quilogramas a mais, resolvi tentar o dito prato de sopa, acrescentando mais qualquer coisa. Claro que para preencher o vazio preciso de hidratos de carbono, já percebi. Pão! Torrado, pois claro (lá se vai o esforço). Juntei umas azeitonas que comprámos na feira do Louriçal no domingo, e o resto de húmus do almoço de sábado, com pickles. Perfeito! Assim sim, já sinto o conforto de um estômago satisfeito. A forma pode esperar mais uns dias... ou não!
Esta sopa tem características distintas. Não é o convencional atirar para dentro de uma panela com caldo os diferentes vegetais e legumes. Não! Numa primeira fase, assei todos eles com um pouco de azeite no forno. Depois é que coloquei numa panela, com água, sal e um pouco de pimenta. Escolhi para este assado de legumes cenouras, curgetes, cebolas, alho e batatas. Servi salpicado com umas amêndoas laminadas. Não é muito rápido em termos de confecção, mas quando se tem algum tempo vale a pena fazer desta forma.

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Um chili que não provei e tudo o resto






Segundo a L. o sábado ia ser muito festivo, com três festas: convidados, fazer bolachas e noite em casa da C. para nós podermos ir ao teatro. Falhámos nas bolachas. Tudo o resto concretizou-se.

Com seis adultos e duas crianças para almoçar, tinha de preparar algo que me permitisse desfrutar da companhia e não ficar agarrada à banca da cozinha. Chili, como fazem o Jamie e a Nigella, e que se pode começar na véspera à noite.

Em alternativa, repeti os filetes de peixe enrolados, desta vez com pêra e gambas. Para aperitivos, húmus com pickles e queijo de cabra envolto em mel e frutos secos, de acordo com a sugestão do Chef Henrique Sá Pessoa, no seu programa ingrediente secreto. Aproveitando um pouco esta última sugestão, fiz uma pequena tarte folhada, com cebola doce caramelizada e cogumelos, servida com uma salada de rúcula selvagem e beterraba, generosamente regada com azeite e vinagre balsâmico.

Fazer o chili foi uma aventura, porque como não como vaca e (pouco) porco, não consegui provar o tempero. Mas acho que gostaram.

O QUE USEI (tarte folhada com queijo de cabra):

queijo de cabra

massa folhada

cebola doce

açúcar mascavado

cogumelos selvagens

frutos secos

tomilho

azeite

COMO PROCEDI:

Cortei a massa com um molde circular. Marquei um círculo mais pequeno no interior por forma a massa subir nas bordas. Coloquei no interior uma camada de cebola doce caramelizada com açucar mascavado, seguida de outra camada de cogumelos salteados em azeite com tomilho. Cortei o queijo de cabra em rectângulos e envolvi-os numa mistura de avelãs e amêndoas trituradas. Foram ao forno cerca de 15 minutos até a massa ficar estaladiça e os frutos tostados.

O QUE USEI ( para o chili):

400g carne porco picada

400g carne vaca picada

feijão manteiga (não pesei nem medi, foi a quantia que achei conveniente)

2 latas de tomate sem sementes

1 alho francês às rodelas pequenas

1 pimento vermelho cortado em cubos

2 cenouras pequenas cortadas em cubos

1 cebola picada

1 malagueta vermelha

sal

paprica

cominhos

pimenta

coentros frescos

alho

azeite

COMO PROCEDI:

Na véspera à noite iniciei a confecção do chili (como sugere a Nigella). Num tacho coloquei a cebola picada com azeite e alho. Deixei quebrar e acrescentei as especiarias e a malagueta. Depois a carne. Quando esta ganhou cor, acrescentei os vegetais. Deixei alourar um pouco e juntei o tomate. Finalmente acrescentei o feijão, previamente cozido. Envolvi bem e deixei em lume brando cerca de 15 minutos.

No dia seguinte, cerca de três horas antes de servir, coloquei o tacho, destapado, dentro do forno a cerca de 180º. Ficou a apurar durante esse tempo, verificando regularmente para mexer e verificar se havia necessidade de acrescentar água. Nunca ficou seco ao ponto de acrescentar qualquer líquido, mas convém ficar atento.

Servi com arroz branco vaporizado.

Uma das convidadas trouxe a sobremesa. Um trifle muito fresco com frutas da época e morangos.

A acompanhar toda a refeição, um dos meus vinhos preferido do Douro: um tinto Duas Quintas que nunca defrauda ninguém.

Salteado com sabores orientais





As características muito particulares dos molhos de soja (salgado), ostra (espesso) e sésamo (doce) imprimem aos salteados no wok um sabor oriental que nos agrada muito. Com uma boa dose de legumes laminados (alho francês, cenoura, pimentos, cogumelos), miolo de camarão e pedaços de frango envoltos nestes molhos, prepara-se um jantar rápido, saboroso e com um toque de exotismo sempre apreciado. Servi com noodles de arroz e claro está com os pauzinhos chineses.

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

O meu amigo forno




Quem tem um forno tem um amigo! É a essa conclusão que chego muitas vezes ao final do dia de trabalho e me deparo com mais tarefas do que contava. Não posso ficar agarrada ao fogão, apenas vigiar, por isso socorro-me do bendito forno e vou apenas deitando o olho, sem ansiedade.
Assar legumes realça o seu sabor. Mesmo os que não são apreciadores destes ingredientes, dificilmente não se rendem.
Assei cebolas, cenouras, pimentos e cogumelos apenas com um pouco de azeite, louro e flor de sal.
Noutra assadeira, forrada com papel vegetal, coloquei tranches de pescada com uma pasta que se transformou em crosta. Para isso, rapidamente coloquei na picadora miolo de pão fresco, tomilho, pimento vermelho, amêndoas laminadas, sumo de laranja, azeite, sal e pimenta. Reduzi a uma pasta com a qual tapei o peixe, pressionando um pouco para agarrar bem e finalizei com sementes de sésamo.
Os legumes levam mais tempo, por isso o peixe só foi para o forno, cerca de 20 minutos antes de finalizar os legumes.
Servi numa cama de noodles de arroz e ananás grelhado.
O forno é realmente um grande amigo...

sábado, fevereiro 05, 2011

Regulamento e outras informações aqui.

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Filetes de peixe embrulhados em ananás e gengibre



Eu gosto mesmo de estar na cozinha, de preparar as refeições para a família e para amigos. Sentir que ficam agradados com o que comem, que há ali um momento de alegria. Partilho no meu dia-a-dia essa felicidade na cozinha com duas ou três pessoas. Amigos que também falam de comida com alegria, com entusiasmo, com curiosidade...
Uma delas é a S. (que entrou no meu quotidiano recentemente) e a quem me apetece logo de manhã contar o que foi o jantar da véspera, ou então ao final do dia dizer-lhe o que vou preparar quando chegar a casa.
Curiosamente foi a comida que nos aproximou, mas tenho descoberto nestas pequenas conversas diárias muitos mais interesses em comum. Falamos da substância da vida. Acho que é isso. E sou muito grata por essa partilha.
Mas vamos lá ao jantar de ontem.
Tinha a mana para jantar e queria dar-lhe algo saudável mas com sabor. Começámos com um creme de ervilhas com alho francês e bastante hortelã e depois peixe. Apostei no gengibre e nas sementes de papoila e foi este o resultado:
O QUE USEI:
filetes de pescada
fatias de ananás
gengibre fresco ralado
ramos de tomilho
azeite
flor de sal
COMO PROCEDI:
Em cada filete coloquei flor de sal, gengibre ralado e duas fatias de ananás. Dobrei e prendi com palitos. Coloquei na assadeira forrada com papel vegetal e salpiquei com ramos de tomilho e reguei com azeite. Levei ao forno cerca de 20 minutos a 200ª.
Servi com couve cortada em juliana salteada em azeite e puré de batata salpicado com sementes de papoila.

terça-feira, fevereiro 01, 2011

Do fim-de-semana







Ao domingo é dia de assados. Já era assim nas nossas infâncias e eu tento manter a tradição. Além disso, é sempre bom colocar umas assadeiras no forno e ir lendo o jornal na sala a levar chapadas de sol que entram pela janela. Levanto-me ocasionalmente para acrescentar um pouco de caldo e depois é o deleite. O melhor prato para preguiçar ;)
Como sempre que asso frango caseiro, dou uma prévia cozedura ao dito, com um generoso ramo de ervas aromáticas. O caldo, depois de coado, dá para juntar ao assado e eventualmente para outros fins.
Para acompanhar, umas batatas também assadas, mas em pratos diferentes, porque quero aromas diferentes. Se com a galinha apostei no alho, pimentão e louro, as batatas foram apenas polvilhadas com sal e raspa de um limão.
Numa frigideira salteei o repolho cortado em juliana, num pouco de óleo do frasco dos tomates secos. Foi o suficiente para a temperar.

Como não me sinto muito hábil nas sobremesas, e as que mais gosto levam muito tempo e cuidados na confecção, optei por cozer pêras e maçãs descascadas, em água perfumada com baunilha. Depois de bem escorridas, cobri com uma calda de chocolate negro que não defrauda ninguém.

Creme de curgete


A curgete não é um legume nem vegetal, mas sim um fruto da família das cucurbitáceas, tal como a melancia, o melão, o pepino e a abóbora.
Considero um produto muito versátil, não usando apenas na sopa, mas em estufados, grelhados e assados. Nada se compara a umas tenrinhas curgetes do quintal da Z., cortadas longitudinalmente, em fatias finas e grelhadas na chapa, apenas com a zeite, flor de sal e uns raminhos de tomilho.
Mas desta vez foi para um creme macio e aveludado. O procedimento é semelhante a todos os cremes, quebrando inicialmente uma cebola e dentes de alho em azeite. Acrescentando depois a curgete e uma cenoura para equilibrar. Para tornar esta sopa intensamente nutritiva e saborosa, utilizei o caldo onde cozi galinha caseira com um ramo de diversas ervas. Momentos antes de desligar o lume, acrescentei um bom ramo de salsa, para intensificar todos os sabores, umas pedras de sal e um pouco de pimenta moída na altura. As ervas aromáticas devem ser acrescentadas no limite da confecção dos pratos, para não perderem as suas características. Deixei repousar uns minutos e depois passei tudo com a varinha até obter o creme mais sedoso.